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05.05.2017

Assembleia reúne representantes de instituições comunitárias



O presidente da Abruc, padre Pedro Rubens, afirmou que um dos focos da associação é fortalecer o segmento das instituições comunitárias (Foto: Luís Fortes/MEC)Em busca de fortalecimento e de maior participação na dinâmica social, representantes das instituições comunitárias de educação superior se reuniram em Brasília, nos últimos dias 3 e 4, para participar da 34ª Assembleia Geral Ordinária da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc). Durante o evento, foi lançado o planejamento estratégico para os próximos cinco anos.

“Um dos focos importantes é fortalecer o segmento, do ponto de vista interno e do ponto de vista externo. Este é um segmento que se diferencia do privado, mas que, muitas vezes, ainda é visto como privado”, disse o presidente da Abruc e reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), padre Pedro Rubens.

Universidades, centros ou faculdades comunitárias são instituições de educação superior mantidas por uma associação ou fundação sem fins lucrativos. Nelas, o estudante, além de receber o conhecimento científico e atuar em pesquisas, dedica parte do tempo a partilhar o que foi aprendido no local onde vive.

São exemplos as universidades católicas. Desde 2013, está em vigor a lei que permite a elas receber recursos públicos para as atividades, participar de editais de repasse de verbas para pesquisa e extensão e angariar fundos para manutenção de hospitais e outras instalações que administrem. Como contrapartida, prestam serviços gratuitos à população. Essas ações são desenvolvidas por alunos, professores e pesquisadores.

“Nós realizamos muitos atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e na Rede de Assistência Social. São meios de devolvermos o benefício concedido. A média é que, para cada R$ 1 concedido a uma entidade comunitária, o benefício alcançado [pela sociedade] corresponda a R$ 6”, comentou o secretário-executivo da Abruc, José Carlos Aguilera.

Para além das áreas de saúde e assistência social, o encontro da Abruc debateu uma maior participação das instituições comunitárias no incremento à formação de professores para a rede pública brasileira. “Nós tivemos a participação de representantes do MEC, que acentuaram a importância do diálogo com o segmento comunitário no sentido de formar e capacitar novos professores da rede pública por parcerias no âmbito das licenciaturas. É uma possibilidade e as instituições se sentem motivadas na relação com o MEC, tanto no diálogo e também em parcerias”, acrescentou.

O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Barone, observa que a Abruc representa tradicionais instituições de educação superior brasileiras. “Ao lado das universidades públicas, são algumas das formadoras de professores para a educação básica, o que significa um grande aporte para as políticas de educação básica do país”, destacou.

Na visão do secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Henrique Sartori, a participação do MEC no evento “demonstra não só um gesto de proximidade com as associações, mas um sinal de reciprocidade em relação aos pleitos que essas entidades apresentam”.

A construção do planejamento estratégico do setor teve a consultoria dos economistas Tânia Bacelar e Valdeci Monteiro. Também durante o encontro, foi debatida a busca por novos acordos junto a segmentos privados voltados ao fomento ao conhecimento. “Estamos estudando criar acordos para linhas de financiamento estudantil sem juros tão altos quanto os do mercado”, afirmou o padre Pedro Rubens, ao destacar a quantidade de instituições comunitárias existentes e a credibilidade que têm

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Imprensa Uniarp