Dia 25 de novembro, acadêmicos de Medicina da UNIARP filiados à Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina do Brasil (IFMSA Brazil), estiveram no Presídio Regional de Caçador para realizar atendimentos individualizados para a população alocada na ala LGBTQIA+.
Nessa ação puderam ofertar educação em saúde, voltada à educação sexual para um atendimento integral à saúde. Eles acolheram e conheceram a população presente na ala. Os acadêmicos puderam conhecer a realidade deste público e disponibilizaram-se para atender a demanda fornecida pelo presídio, em ações futuras que irão ocorrer nesta mesma linha de promoção e prevenção em saúde.
Para além disto, foi realizado a testagem rápida sorológica para HIV, SÍFILIS, Hepatite B e C, a fim de prevenir e tratar as Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Hoje as Infecções Sexualmente Transmissíveis fazem parte dos problemas de saúde pública e a partir desta perspectiva os acadêmicos entenderam que é necessário trabalhar em cima desta problemática, fornecendo conhecimento à população e mostrando a eles que há formas de prevenção e tratamento.
O projeto foi coordenado pela diretora Local de Direitos Sexuais Reprodutivos Incluindo HIV e AIDS- Mariana Siqueira Leite. A ação contou com a colaboração da Unidade Básica do Bom Sucesso, a qual é responsável pela atenção básica em saúde do Presídio. A ação foi realizada com apoio do programa psicossocial.
“Eu me candidatei ao cargo diretora do eixo de direitos sexuais e reprodutivos incluindo HIV da IFMSA BRAZIL UNIARP com o propósito de impactar na vida de pessoas com alta vulnerabilidade. O projeto Incandescente veio muito a calhar neste pontapé inicial, pois nos levou a pensar fora da caixa. Trabalhar a educação em saúde, principalmente sexual, na população LGBTQIA+ privada de liberdade foi muito enriquecedor para ambos os lados. Lá fomos ouvintes, fomos acolhimento, fomos informação e tudo isso nos deixou muito reflexivos. Não só percebemos um padrão socioeconômico e educacional muito característico, mas também uma carência emocional tremenda. Sabemos que a população carcerária carrega um grande estigma social, e somados a este estigma temos o preconceito com a população LGBTQIA+, muito forte nos dias de hoje. Nós, como futuros médicos e profissionais da saúde, temos que nos lembrar que nosso papel sempre será de cuidar e nunca de julgar. Este primeiro contato com certeza nos proporcionou direcionamento para posteriores ações”. Mariana Siqueira Leite, diretora Local de Direitos Sexuais Reprodutivos Incluindo HIV e AIDS.