A Regional Centro-Norte da FIESC e o Sindicato da Indústria da Madeira de Caçador (SIMCA) realizaram dia 3 de março o lançamento do Tratado para Excelência da Indústria Madeireira (TEM). O Tratado visa contribuir com o desenvolvimento do segmento. Num primeiro momento, o tratado terá três pilares de atuação: elevação da escolaridade básica, qualificação profissional e fortalecimento da indústria madeireira.
O setor madeireiro é destaque no que diz respeito à empregabilidade no município de Caçador. De 25.473 mil trabalhadores formais, 13.398 mil são trabalhadores da indústria, e destes, metade, ou seja, 6.471 trabalham diretamente no ramo da madeira. O setor de base florestal representa 26,74% do PIB industrial de Santa Catarina e 45,41% do PIB industrial do município de Caçador. É o 2º que mais exporta em SC (US$ 1,8 bi) e o 1º em Caçador (US$278,56 mi).
Apesar de ser um dos segmentos mais importantes da economia do município, ainda é o que detém baixos índices de escolaridade básica: 58,5% dos trabalhadores das indústrias de madeira estão sem escolaridade básica completa. A FIESC está atuando em diversas frentes para mudar esta realidade. E conta com o apoio da Prefeitura de Caçador e também da UNIARP.
O Dr.h.c. Neoberto Balestrin, reitor da UNIARP afirmou que é dever da Universidade estar onde é necessário fortalecer a educação. “Estamos apoiando esta iniciativa e temos certeza que isso vai mudar a realidade da nossa região. A educação é fundamental para melhorar o trabalho e a renda das pessoas. Parabéns para toda a equipe da FIESC e do Sindicato, podem contar sempre com a UNIARP”, declarou.
Além da educação, a FIESC e seus parceiros irão atuar na mudança de cultura e de conhecimento sobre a indústria madeireira, hoje moderna e com grande potencial de desenvolvimento profissional. “A indústria madeireira mudou, está moderna e atualizada, caminhando para a indústria 4.0, onde o conhecimento é fundamental. Hoje, atuar na área é altamente recompensador. Precisamos mudar a ideia de que trabalhar com madeira é algo sem futuro. Muito pelo contrário. Nossa indústria, os produtos feitos aqui são vendidos para diversas partes do Brasil e do mundo e são altamente valorizados. Nossa maior riqueza hoje é a educação, a qualificação dos nossos trabalhadores e nosso desafio é fazer este setor ser admirado e valorizado por todos”, afirma Leonir Tesser, vice-presidente Regional da FIESC.