Em pesquisa contínua realizada pelo Curso de Administração da Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe (Uniarp) levantou-se o custo de alimentos essenciais no mês de outubro de 2022 em Caçador.

Para o mês de outubro o custo da Cesta Básica foi de R$ 582,29, representando um aumento de 3,02% em relação ao mês anterior, bem como uma parcela de 48,04% do salário-mínimo vigente, tendo como salário-mínimo necessário, segundo metodologia do DIEESE, o valor de R$ 4.891,82 para atender as necessidades de uma família composta por dois adultos e duas crianças.

Entre os itens que mais impactaram no custo da Cesta Básica em Caçador destacaram-se a carne bovina (42,72%), o pão francês (10,55%) e o tomate (9,72%). Já entre aqueles que menos impactaram destacaram-se a farinha de trigo (0,85%), o óleo de soja (1,31%) e o arroz (1,60%).

Os dados apontam, ainda, que houve uma variação significativa de preço em alguns itens entre os supermercados pesquisados. Entre os que apresentaram maior variação destacaram-se o tomate (93,39%), o pão francês (85,84%) e a carne bovina (66,89%). Já a variação média da Cesta Básica, entre os supermercados pesquisados, foi de 24,26%.

Em relação ao mês anterior, os itens que apresentaram maior elevação de preço foram o tomate (21,59%), o café (12,01%) e o feijão (10,27%). Já entre os que apresentaram queda de preço destacaram-se a farinha de trigo (-3,06%) e a carne bovina (-1,62%), sendo apenas estes os itens que reduziram o preço em relação ao mês de setembro.

Desde janeiro de 2022 o percentual de aumento acumulado para a Cesta Básica em Caçador é de 15,07%, ou seja, o dobro da inflação acumulada no país até o mês de setembro, segundo dados do IBGE. O tomate, por exemplo, é o item com maior variação percentual acumulada até o momento (101,07%), seguido da batata (86,55%) e da banana (64,26%).

A pesquisa realizada pela UNIARP, com recursos do Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP), adota metodologia similar à Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos  (DIEESE) que, desde 2016, é aplicada em diversas capitais do país, com algumas adaptações para o município integrante desta pesquisa. A pesquisa afere o custo de 13 itens, entre eles: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, manteiga, óleo de soja, pão francês e tomate em quantidade definida pelo Decreto-Lei 399/1938.