A Assistente Social, recém-formada pelo curso de Serviço Social, Andrea Alves Cavalet e a professora Dra. Hillevi Maribel Haymussi, irão apresentar trabalho no I Congresso Nacional Virtual de Serviço Social, a realizar-se de 17 a 19 junho. O trabalho: “Pandemia e violência contra a mulher: perpetuação infindável?”, é resultado de pesquisa, financiada pelo art.170, do governo do Estado, realizada em Caçador, nos anos 2018, 2019 e 2020, com o objetivo de analisar a violência contra a mulher na cidade de Caçador, no período estudado.
A partir desta pesquisa, verificou-se que a violência contra mulheres na cidade de Caçador se evidencia de forma contundente. Constatou-se um número elevado de ocorrências de violência contra as mulheres praticados por pessoas próximas, ou seja, aquelas que criaram vínculos com elas, transformando o vínculo de uma relação afetiva, em violência.
No período pesquisado, totalizaram-se 1.563 casos de violência contra a mulher. Nas mulheres vítimas de violência, apresentou-se maior concentração entre 14 a 29 anos, sendo que a faixa etária em que há mais ocorrências indica entre 14 a 61 anos. Os tipos de violência mais registrados foram a ameaça seguida da violência psicológica e física, verificando-se, também, a patrimonial, a moral e sexual. Evidenciou-se maior número de violadores concentrando-se na figura do ex-amásio, seguido pelo amásio, marido e ex-marido. Já no ano de 2020, o maior número de violadores concentrou-se nos ex-maridos e maridos, isso também, talvez, pela proximidade do isolamento social devido à pandemia. Mas houve um aumento significativo do agressor filho. Em 2019 e 2020, a faixa etária mais identificada dos violadores, foi de 30 a 45 anos, seguida de 14 a 29 anos e de 46 a 61 anos. Estes são apenas alguns elementos desta instigante pesquisa que revela dados da realidade de mulheres caçadorenses.