Acadêmicos do curso de Engenharia Civil da UNIARP estão desenvolvendo um projeto de extensão em parceria com a Associação de Pais e Amigos Surdos de Caçador (APASC), visando a criação de uma calçada acessível, seguindo diretrizes de acessibilidade tanto visual quanto motora.
Dia 21 de junho, o professor Me. Weligton Lucas Baschera conduziu uma atividade focada na acessibilidade para deficientes visuais. O percurso da atividade foi dividido em duas etapas distintas. A primeira etapa ocorreu dentro da universidade, que já possui acessibilidade adequada, permitindo que os acadêmicos observassem um ambiente planejado para todos. Na segunda etapa, foi realizado um passeio no entorno da universidade, onde os estudantes se depararam com calçadas irregulares, desníveis, morros e diversos obstáculos. Essa experiência prática ressaltou as dificuldades enfrentadas diariamente por pessoas com deficiência.
Dentro do projeto, os acadêmicos fizeram medições in loco, criando desenhos e modelos com a utilização de softwares específicos. Esta etapa permitiu que eles empregassem o conhecimento adquirido na disciplina de Desenho Civil, aplicando teoria à prática e desenvolvendo habilidades essenciais para a futura carreira.
A ação destaca a importância do papel do engenheiro civil, que é responsável por idealizar e estruturar o projeto. No entanto, a atividade vai além do aspecto técnico, promovendo a sensibilização e empatia dos futuros profissionais em relação às necessidades daqueles que dependem de ambientes acessíveis.
O professor Weligton explica que a atividade procurou cumprir os requisitos técnicos de acessibilidade e também conscientizar os acadêmicos sobre a importância de criar espaços urbanos que sejam inclusivos para todos. Ele destaca ainda que a colaboração da APASC reforça a importância do trabalho conjunto entre diferentes setores da sociedade para promover uma inclusão verdadeira e efetiva. “Os estudantes têm a oportunidade de aplicar seus conhecimentos em um contexto real, entendendo melhor as necessidades das pessoas com deficiência e a importância de considerar essas necessidades desde a fase de planejamento dos projetos. Este projeto de extensão é um exemplo de como a educação pode ir além da sala de aula, preparando os estudantes para serem profissionais mais conscientes e comprometidos com a inclusão social”, comenta.