Um estudo que está sendo conduzido pela professora mestre Cláudia Maté e pela acadêmica Andrieli Perego, ambas do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIARP, está analisando a acessibilidade e a caminhabilidade na área central do município de Caçador, mais especificamente nas avenidas Barão do Rio Branco e ruas Sete de Setembro e Santa Catarina.
A atividade de iniciação científica mantida pelo Fundo de Apoio a Pesquisa (FAP) da Universidade, começou no segundo semestre de 2021 e deve se estender até metade de 2022.
Para realizar o estudo, a acadêmica iniciou com o levantamento fotográficos nas vias e prosseguirá com o levantamento de dados e identificação dos aspectos de caminhabilidade.
Até o mês de julho, tais informações serão analisadas com base em normativas legais que tratam sobre a temática. Ao final do estudo, um relatório será confeccionado e enviado para as partes interessadas, apontando os pontos críticos e passíveis de intervenções. Espera-se com a realização do estudo, fornecer subsídios e informações para que pelo menos, as calçadas nos locais estudados, possam oferecer mais segurança aos pedestres durante seus deslocamentos.
De acordo com a acadêmica, Andrieli Perego, as motivações para realizar a investigação estão relacionadas a percepção de que ao caminhar pelas áreas centrais de Caçador, é possível verificar que não existe uma padronização das calçadas, além muitas vezes da má condição da pavimentação, da insuficiência de arborização e iluminação em muitos locais.
Ainda segundo a estudante, é possível verificar diversos trechos que não proporcionarem acessibilidade. “Analisar as condições de caminhabilidade de um local, consiste em observar a possibilidade de acessar, caminhando, áreas de lazer, comércio e entretenimento que as cidades oferecem. Também são analisadas as condições do caminho que precisa ser percorrido até o destino, já que a escolha por essa forma de deslocamento em detrimento de outras, está intimamente ligada à qualidade das calçadas, infraestrutura, arborização, acessibilidade física, entre outros”, explica Andrieli.
A professora orientadora da pesquisa, Cláudia Maté, destaca que a maior parte das cidades foram e, ainda são planejadas para o deslocamento com automóvel, principalmente os utilitários particulares. “A problemática causada nesses espaços diante da priorização do transporte motorizado impulsionou as pesquisas sobre a mobilidade urbana, especialmente àquelas que tratam de pedestres e ciclistas. Assim, a pesquisa mostra-se importante tanto para o meio científico, por sua atualidade e necessidade de aplicação no território brasileiro, como também para sociedade, já que busca identificar os problemas locais do município, seus aspectos de caminhabilidade e apontar possíveis intervenções”, explica a professora.