Em pesquisa contínua realizada pelo Curso de Administração da Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe levantou-se o custo de alimentos essenciais no mês de junho em Caçador.
Para o mês de junho o custo da Cesta Básica foi de R$ 608,91, representando um aumento de 2,31% em relação ao mês anterior, bem como uma parcela de 46,13% do salário-mínimo vigente, tendo como salário-mínimo necessário, segundo metodologia do DIEESE, o valor de R$ 5.115,46 para atender as necessidades de uma família composta por dois adultos e duas crianças.
Entre os itens que mais impactaram no custo da Cesta Básica destacaram-se a carne bovina (43,13%), o tomate (11,44%) e o pão francês (11,32%). Já entre aqueles que menos impactaram destacaram-se a farinha de trigo (0,76%), o óleo de soja (0,91%) e o arroz (1,74%).
Os dados apontam, ainda, que houve uma variação significativa em alguns itens entre os supermercados pesquisados, com destaque para o café (61,27%), o tomate (50,08%) e a banana (45,09%). Já a variação média da Cesta Básica, entre os supermercados pesquisados, foi de 13,60%.
Em relação ao mês anterior, os itens que apresentaram maior elevação de preço foram a batata (42,40%), a carne bovina (5,25%) e o pão francês (3,14%), sendo este os únicos itens a registrarem elevação de preço. Já entre os itens que apresentaram maior queda de preço destacaram-se o óleo de soja (-11,69%), o feijão (-7,59%) e o tomate (-7,56%).
Nos últimos 12 meses o percentual de aumento acumulado para a Cesta Básica em Caçador é de 3,25% e, em 2023, de 3,83%. Nos últimos 12 meses a batata é o item com maior variação percentual acumulada no período (70,71%), seguido do tomate (51,76%) e do pão francês (20,01%). Entre os itens que apresentam variação percentual negativa nos últimos 12 meses, ou seja, os que mais apresentaram queda de preço, destacam-se o óleo de soja (-37,45%), o leite (-22,97%) e a manteiga (-22,29%). Em junho de 2022 a Cesta Básica em Caçador custava R$ 589,79.
A pesquisa realizada pela UNIARP, com recursos do Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP) e coordenada pelo professor Leandro Hupalo, adota metodologia similar à Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) que, desde 2016, é aplicada em diversas capitais do país, com algumas adaptações para o município integrante desta pesquisa. A pesquisa afere o custo de 13 itens, entre eles: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, manteiga, óleo de soja, pão francês e tomate em quantidade definida pelo Decreto-Lei 399/1938.