O curso de Administração da UNIARP realizou dia 22 de março evento sobre empoderamento feminino com o tema: “Sucesso: uma palavra sem gênero”. O evento teve a participação de acadêmicos dos campi de Caçador e de Fraiburgo.
A professora Me. Sandra Mara Bragagnolo, coordenadora do curso, explica que o evento teve o objetivo de desconstruir a estrutura de poder sexista e patriarcal que ainda se apresenta na realidade do mercado de trabalho. “É claro que a palavra sucesso tem gênero, basta olhar no dicionário para constatar que seu gênero é masculino: “o sucesso”. Então a proposta foi, já a partir do título, iniciar um processo de desconstrução”, comenta.
Para o debate, foram convidadas as egressas do curso de Administração: Fabiana Taís Voltolinz; graduada em Administração (2018) pela UNIARP, campus Fraiburgo; atua no setor industrial e estuda pós graduação em MBA em Gestão de Processos e MBA em Gestão de pessoas. E Kerolain Camargo, graduada em Administração (2017) pela UNIARP, campus Caçador; é assessora de Investimentos do escritório Quotus Investimentos, com contrato pela Corretora Ágora do Grupo Bradesco.
Ambas estão inseridas em importantes cargos e podem ser consideradas inspiradoras, por aceitarem os desafios do mercado de trabalho, formarem-se, estudarem e se consolidarem profissionalmente com tão pouca idade. “Elas vão na contramão de quem defende o pensamento de que o poder embrutece”, avalia a professora.
Ela afirma ainda que o evento foi um momento importante de discussão sobre o tema e sobre o medo que ainda existe. “Uma vez que o poder traz privilégios, se eles forem tomados por mulheres, podem se tornar algo ameaçador. É preciso perceber e agir sempre que se percebam atitudes e discursos que levem a uma leitura distorcida sobre o “lugar” e os papéis da mulher”, diz.
Para Sandra, foi muito gratificante perceber que no meio acadêmico do curso de Administração foi possível discutir a temática sem embates políticos ou ideológicos, e sim à luz da realidade e da humanização, buscando as causas para alguns comportamentos. “E aceitando que é possível mudar e construir um espaço mais justo para todos no âmbito profissional”, encerra.