A erva mate chama atenção não somente pelos fatores culturais e ambientais. A comunidade científica, especialmente no sul do país, tem se dedicado a realizar pesquisas que vão desde a benefício que o consumo traz para a saúde, até mesmo a identificação de novas espécies e genética. Alguns desses estudos são desenvolvidos na Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP), no município de Caçador. Os estudos contam com o apoio do Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP).
Na UNIARP as pesquisas tradicionalmente acontecem de maneira interdisciplinar envolvendo pesquisadores das mais variadas áreas. Os experimentos contam com a participam da professora Me. Elizama de Gregório e o professor Dr. Líncon Bordignon Somensi, além da aluna do curso de medicina Vanessa Aparecida Pivato. A pesquisa é desenvolvida com a espécie mais conhecida e consumida de erva mate no formato de chimarrão, chás e outros tipos de bebida, a Ilex paraguariensis.
“Existem diversas pesquisas que já comprovaram o potencial terapêutico, entretanto, nenhuma delas faz a comparação quando se fala em relação ao tipo de terreno a qual essa árvore está plantada. Então, nosso objetivo é a comparação das propriedades químicas da planta que é cultivada em três tipos diferentes de ambiente: Com sombreio de reflorestamento, com sombreio de floresta nativa e por fim, quando a planta está em local em que fica exposta diretamente ao sol. Nossa expectativa é constatar aquilo que muitos apreciadores de chimarrão alegam de maneira empírica, que existem diferenças, entre elas, o sabor da infusão”, explica o pesquisador Líncon.