Dia 23 de março, durante a aula de metabolismo II, a turma número 4 foi submetida a uma aula diferente, envolvendo metodologia ativa de aprendizado no Núcleo Comum da Saúde que inclui os cursos de Farmácia, Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição.
O tema da aula foi “Digestão e metabolismo de carboidratos”. Antes de trabalhar essa temática na aula, os estudantes adquiriram conhecimento amplo sobre introdução ao metabolismo, macro e micronutrientes, anatomia e fisiologia do trato gastrointestinal e sobre a estrutura e a função dos carboidratos no organismo humano nas aulas anteriores.
Ao longo das aulas, os acadêmicos são instigados a aplicar a teoria no dia-a-dia sob a luz da futura profissão. Além disso, aprendem a conectar o conteúdo teórico com as futuras profissões dos colegas e adquire conhecimento multidisciplinar.
Os acadêmicos aprendem “detectar” o conteúdo trabalhado em aula no próprio cotidiano. Por exemplo, o que acontece quando eu me alimento? Por que alguns alimentos fornecem mais energia do que outros? Qual o caminho dos alimentos desde a sua entrada na cavidade oral até a sua eliminação? Por que temos pessoas intolerantes à lactose, o que há de diferente nelas?
Ao fornecer cenários como este, o estudante é colocado em situações reais e um dos principais efeitos imediatos é a curiosidade e identificação o que, diretamente, aumenta a atenção e o foco durante as aulas.
Logo, discussões sobre relatos de caso do cotidiano, dúvidas sobre alimentos e dúvidas vindo das redes sociais são capazes de construir um ambiente favorável ao aprendizado e retenção da memória.
Diante tal cenário e, após nivelamento teórico da turma sobre a digestão de carboidratos, os alunos foram divididos em 2 grupos escolhidos por afinidade, sem intervenção da docente. Em seguida, cada equipe recebeu um alimento típico do cotidiano, escolhido pela docente, a saber, batata inglesa e pipoca.
As equipes foram então desafiadas a descrever este alimento sob a luz da química, fisiologia e bioquímica devendo responder na forma de mapa mental gigante no quadro e no papel, os seguintes pontos:
O alimento se encaixa em qual tipo de carboidrato?
Que tipos de ligações glicosídicas estão presentes neste alimento?
Onde começa a digestão desse carboidrato?
Quais e como ocorrem os processos digestivos ao longo do trato gastrointestinal?
Quais enzimas atuam na sua digestão?
Como ocorre a absorção desse carboidrato?
Qual a importância dessa fonte de carboidrato para o organismo?
As perguntas precisavam ser respondidas de forma esquemática, harmônica e sincronizada com todos os membros da equipe em uma janela temporal de apenas 30 minutos.
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FORMA DE AVALIAÇÃO DAS EQUIPES
Perfil de liderança, líderes naturais da equipe
Comunicação não violenta entre os membros do grupo
Plano estratégico para divisão de tarefas
Criatividade e interesse pela tarefa
Coesão das ideias e discussão entre o grupo
Fontes de pesquisa utilizadas (anotações dos cadernos, livros, google)
PAPEL DO DOCENTE AO LONGO DA ATIVIDADE
Orientar as buscas nos materiais corretos
Incentivar a pesquisa e a discussão das ideias
Fazer perguntas que instigam os alunos
Fornecer um ambiente descontraído para estimular a criatividade
Identificar os diferentes perfis de alunos
Detectar os pontos fortes e dar feedbacks ao longo da atividade
Fornecer dicas de como melhorar as três competências fundamentais ao longo da atividade
Evitar fornecer as respostas prontas e sim, indicar pontos de partida com o intuito de gerar discussão entre os membros do grupo
Fornecer feedback final após o término da atividade
PORQUE ESSA FORMA DE APRENDIZADO É EFICIENTE?
Porque as equipes se sentem desafiadas e necessitam unir conhecimento adquirido ao longo do tempo em prol de um projeto. O tempo limitado faz com que a equipe abra um canal de comunicação e todos do grupo podem emitir a sua opinião em que o produto final é uma estratégia. A atividade é capaz de unir as três principais competências requeridas do profissional moderno: conhecimento, habilidades e atitudes e coloca o aluno como centro do ensino e aprendizado.