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28.10.2019

Acadêmicos visitam mineradora Vargeão



Dia 19 de outubro, acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UNIARP realizaram visita técnica em uma unidade de extração de areia, de propriedade da Mineradora Vargeão.

A visita técnica dos acadêmicos foi acompanhada pelos professores da UNIARP, engenheiro sanitarista e ambiental Clésio Leonel Hossa e o engenheiro ambiental Tiago Borga. Ainda estiveram presentes os técnicos que fazem o acompanhamento da lavra mineral, o geólogo Norberto Corbellini e geólogo Renato de Quadros Manica, da empresa de consultoria Corbellini Geologia.

O processo

Junto à lavra do mineral, o empreendimento conta com uma unidade de beneficiamento da areia extraída, que é lavada, removendo os rejeitos, constituídos basicamente por material siltoso, que pela granulometria, não compõem o produto final (areia).

Em média, 15% do material extraído constitui os siltes (sedimentos dispostos entre a areia e argila, na curva granulométrica), que são removidos através do sistema de beneficiamento (peneiramento/lavação). A mineradora está desenvolvendo estudos para o aproveitamento total desses rejeitos, siltes, os quais tem apresentado resultados satisfatórios na fabricação de produtos cerâmicos.

A água utilizada na lavagem da areia, é posteriormente tratada em uma Estação de Tratamento de Água (ETA), através do processo de floculação e decantação, sendo reutilizada na lavação, permanecendo em circuito fechado e o “lodo” (silte) gerado depositado em lagoas de decantação. Para aumentar a eficiência ambiental e produtiva foi adquirido uma centrifuga que será instalada no final do processo, após a ETA.

Sua função e a separação da água do silte, resultando no melhor aproveitamento, dessa água, no beneficiamento e ao mesmo tempo, permitir o uso futuro mais adequado, do material siltoso.  Com isso serão reduzidas as lagoas de decantação.

A geologia do local é constituída pela denominada Formação Botucatú representada por arenitos (areias cimentadas), cuja origem é desértica, por meio de campo de dunas e que ocorreu entre 120 a 150 milhões de anos atrás, no tempo geológico. Esta Formação Botucatú pertence a denominada Bacia do Paraná e abriga o importante Aquífero Guarani, que está presente no Brasil, em parte dos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, bem como, nos países vizinhos Paraguai, Argentina e Uruguai. A espessura da formação varia de zero a 800 metros, podendo chegar 1.800 metros em pontos específicos da bacia.

Desta forma, a extração de areia na jazida da Mineradora Vargeão ocorre sobre afloramento de arenitos da Formação Botucatú, em área anteriormente ocupada por reflorestamento de pinus, e cuja lavra mineral foi iniciada a partir do topo de uma suave elevação, com a retirada de camadas de areia pelo método de escavação, com uso de escavadeira hidráulica e caminhões. A recuperação ambiental da área consiste na conformação topográfica por meio de nivelamento e formação de taludes, implantação de sistema de drenagem para controle das águas pluviais e revegetação com gramíneas para o controle da erosão.

Essa atividade de mineração, extração de areia, é considerada de interesse social pela legislação brasileira, haja vista, que toda região densamente urbanizada necessita de milhares de toneladas/ano materiais como areia para construções públicas e privadas. Sabe-se também, que os chamados agregados, entre os quais se destaca a areia destinada à construção civil, são considerados bens minerais de uso social, porquanto indispensáveis e insubstituíveis para as necessidades do homem urbano contemporâneo, sendo a sua utilização geradora de empregos, progresso, conforto e bem-estar da sociedade moderna.

ESCRITO POR:

Imprensa Uniarp