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09.05.2018

Evento Maio Laranja discute violência contra crianças e adolescentes



A UNIARP realizou nesta quarta-feira (09) o evento Maio Laranja, alusivo ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado anualmente no dia 18 de maio. O evento foi promovido pelos cursos de Direito, Serviço Social, Psicologia e Pedagogia.

Profissionais de Caçador e região participaram de uma mesa redonda sobre o tema, apresentando dados e discutindo a situação da violência contra crianças e adolescentes.

Os debates foram conduzidos por Daniele de Paula Goetten, psicóloga egressa da UNIARP. Os palestrantes convidados foram: professor e psicólogo Clayton Zanella, psicólogo Renato Jesus da Silva, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso da comarca de Caçador, professora Lucileny Martiol de Souza Pereira, acadêmica do curso de Direito, assistente social Andréia Pires, do TJSC, advogado Mauro Eduardo Baltazar de Souza, da comarca de Santa Cecília e advogada Sandra Spautz Granemann, secretária de Assistência Social de Caçador.

A abertura teve a presença de Neoberto Balestrin, presidente da UNIARP e de Paulo Cezar de Campos, vice-reitor Acadêmico. Acadêmicos e professores participaram do evento.

   

Alguns dados de Caçador

Em 2017 o CRAS realizou 1.379 atendimentos para crianças e adolescentes em processos grupais de convivência e fortalecimento de vínculos;

O CREAS, com o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) atendeu em 2017 em Caçador 177 crianças e adolescentes em situação de violência e/ou violação de direitos. Em 2017 houve o registro de 12 casos de violência sexual.

 

Por que 18 de maio?

Neste dia, em 1973, uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos.

Com a repercussão do caso, e forte mobilização do movimento em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, 18 de maio foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Desde então, esse se tornou o dia para que a população brasileira se una e se manifeste contra esse tipo de violência.

 

O que é violência sexual?

É a situação em que a criança ou o adolescente é usado para o prazer sexual de uma pessoa mais velha. Ou seja, qualquer ação de interesse sexual, consumado ou não.

É uma violação dos direitos sexuais das crianças e adolescentes, porque abusa ou explora do corpo e da sexualidade, seja pela força ou outra forma de coerção, ao envolver crianças e adolescentes em atividades sexuais impróprias à sua idade, ou ao seu desenvolvimento físico, psicológico e social.

 

Abuso x Exploração

A violência sexual pode ocorrer de duas formas distintas. Abuso sexual é qualquer forma de contato e interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, em que o adulto, que possui uma posição de autoridade ou poder, utiliza-se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente, ou ainda de terceiros, podendo ocorrer com ou sem contato físico.

Já a exploração se caracteriza pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a intenção de lucro, seja financeiro ou de qualquer outra espécie. São quatro formas em que ocorre a exploração sexual: em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual.

 

Prevenção

A melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção. É necessário um trabalho informativo junto aos pais e responsáveis, a sensibilização da população em geral, e dos profissionais das áreas de educação e jurídica, com a identificação de crianças e adolescentes em situação de risco, e o acompanhamento da vítima e do agressor.

 

Denuncie

Além da prevenção, o combate a essa realidade exige que os casos sejam denunciados. Portanto, se souber de algum caso de violência sexual infantil, procure o conselho tutelar, delegacias especializadas, polícias militar, federal ou rodoviária e ligue para o Disque Denúncia Nacional, de número 100.

Saiba mais: http://www.podeserabuso.org.br/

ESCRITO POR:

Imprensa Uniarp