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24.01.2019

Violência contra mulheres em Caçador é tema de pesquisa acadêmica



Andrea Alves Cavalet, acadêmica do curso de Serviço Social inovou ao coletar dados dentro de parâmetros científicos; em 2018, foram 1.215 mulheres em Caçador que sofreram violência, segundo dados oficiais

Acadêmica Andrea Alves Cavalet

A acadêmica Andrea Alves Cavalet, da 4ª fase do curso de Serviço Social da UNIARP realizou uma pesquisa para avaliar a situação da violência contra as mulheres na cidade de Caçador. O estudo teve orientação da professora Dra. Hillevi Maribel Haymussi.

Em Santa Catarina e, especificamente na cidade de Caçador, os dados publicados na imprensa apontam para um crescente número de mulheres que sofrem violência. Em busca de novas informações sobre este tema, Andrea inovou ao coletar dados dentro de parâmetros científicos, com dados reais sobre a situação de Caçador. Em 2018, foram 1.215 mulheres em Caçador que sofreram violência segundo dados oficiais.

A acadêmica realizou um levantamento quantitativo referente a dados institucionais de locais que atendem mulheres vitimizadas. Na pesquisa, ela analisou dados de mulheres encaminhadas por diversos órgãos como Conselho Tutelar, Delegacia, CAPSad, CRAS Martello, Disque 100, entre outros. De acordo com a pesquisa, na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), os casos de violência cometidos contra mulheres, no ano de 2018, totalizaram 217. Os tipos de violência cometidos foram: injúrias, violências físicas, violências patrimoniais, violências psicológicas, ameaças e violências sexuais. O mês de março foi o que concentrou o maior número de ocorrências.  A pesquisa da Acadêmica revela que os autores das violências contra mulheres são companheiros, amásios, além de cunhados, sogros, namorados, genros, filhos, netos, irmãos e padrastos.

Em 2018, foram 1.215 mulheres em Caçador que sofreram violência segundo dados oficiais. Foto Dragana_Gordic / Freepik

Dados da violência

Na DPCAMI, foram 963 de boletins de ocorrência na cidade de Caçador no ano 2018. Os dados apontaram que a maioria das denúncias se referem à ameaça 60% e lesão corporal 27%, seguida por dano material 8%.

Com relação à faixa etária, a maioria das denunciantes tem entre 14 a 29 anos (47%), 30 a 45 anos (35%), seguida por 46 a 61 anos (14%). Destacando-se a idade de 18, 24 e 27 anos com os maiores índices de denúncias. 

Somente em duas instituições analisadas, em 2018 foram 35 casos de mulheres agredidas. A faixa etária dos 20 anos é o que mais concentra casos de violência. O tipo de violência contra as mulheres mais evidente é a física e a psicológica. Os violadores, nas duas instituições estudadas são os maridos/companheiros. 

 

ESCRITO POR:

Imprensa Uniarp