O projeto final da disciplina de Desenho Universal do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIARP proporcionou aos acadêmicos uma vivência prática e sensível sobre acessibilidade e inclusão, indo além do estudo das normas técnicas. A atividade foi proposta e orientada pela professora Ana Lúcia Córdova Wandscheer, sendo inspirada no artigo “Experiências sensoriais: o espaço sentido, além das normas”, que fundamentou a inclusão da prática tátil na disciplina.
A proposta teve como foco a representação tátil de projetos arquitetônicos, permitindo que plantas, cortes e fachadas fossem adaptados para leitura por meio do tato. Utilizando materiais como cordões, linhas, tintas em relevo e texturas variadas, os acadêmicos recriaram um projeto residencial de forma a respeitar a hierarquia das linhas do desenho técnico e a percepção espacial por pessoas com deficiência visual.
Na última aula, os trabalhos foram apresentados e avaliados pelo Diego Mendes, pessoa com baixa visão, que pôde experimentar diretamente as pranchas táteis desenvolvidas pelos estudantes. Esse momento foi especialmente significativo, pois possibilitou uma avaliação real a partir da perspectiva do usuário, fortalecendo o caráter humanista do Desenho Universal e a importância da escuta sensível no processo de projeto.
Como etapa final, os projetos estão organizados em uma exposição em frente à sala dos professores da UNIARP, ampliando o diálogo sobre acessibilidade e inclusão para toda a comunidade acadêmica. A mostra permite que estudantes de outros cursos, professores e visitantes tenham contato com as pranchas táteis, vivenciando a arquitetura por meio do tato.
A disciplina reafirma, com essa experiência, o compromisso da UNIARP com uma formação crítica, sensível e alinhada aos princípios da inclusão, contribuindo para a formação de profissionais mais preparados para atuar em uma sociedade diversa.







