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Acadêmica da UNIARP realiza estudo comparativo de argamassas
Objetivo é descobrir qual produto tem o melhor custo benefício: a argamassa tradicional feita com cimento, cal e areia ou a argamassa industrializada polimérica
A acadêmica Fernanda Carbonera Malinverni, da 10ª fase do curso de Engenharia Civil da UNIARP está realizando um estudo de caso comparativo entre a argamassa de assentamento tradicional confeccionada em obras e a argamassa de assentamento industrializada polimérica. O experimento é tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da acadêmica, com orientação da professora Gabriela Cassol.
Fernanda explica que devido à grande competitividade o mercado da construção civil vem buscando cada vez mais alternativas para a redução de custos no processo construtivo de suas obras. “Qualquer processo dentro de uma construção pode gerar vantagens e desvantagens, sendo assim, está sendo realizado a comparação da argamassa de assentamento tradicional, aquela confeccionada no canteiro de obras em que se utiliza como matéria constituinte o cimento, a cal e areia, ainda podendo ser utilizado algum aditivo, e a argamassa industrializada polimérica, com o objetivo de avaliar as propriedades físicas e mecânicas das mesmas”, explica.
O trabalho começou com um estudo bibliográfico e agora estão sendo realizados os ensaios como caracterização dos materiais utilizados, moldagem de corpos de prova prismáticos e ensaios no estado fresco e no estado endurecido. Os ensaios são realizados no laboratório de solos da UNIARP.
A argamassa de assentamento industrializada polimérica é considerada um produto sustentável, já que sua formulação não utiliza de CO2 e não é um cimentício. “Este produto químico é um preparado constituído pela mistura de minerais inertes além da base de água, produzido de acordo com a NBR 13281”, informa.
De acordo com Fernanda, uma das constatações do estudo é que a argamassa tradicional pode ser considerada uma tecnologia bastante difundida, mas com pouco investimento em treinamento para que a produção e transporte ocorram com a produtividade desejada na obra. “Percebe-se a necessidade de investimento em qualificação da mão-de-obra especializada, já que na maioria das vezes, não existe domínio e controle exato de dosagem, isto é, o processo ocorre empiricamente, tendo como base apenas a experiência dos mestres de obra e encarregados. Esse método também necessita de maior área de estocagem de materiais, estoque de insumos, e o desperdício de materiais torna-se mais dispendioso”, argumenta.
A argamassa industrializada polimérica é um produto ainda pouco utilizado em várias regiões do Brasil, em função da pouca aceitabilidade ou falta de conhecimento, apesar da disponibilidade de produtos manufaturados com a argamassa industrializada, que, segundo seus fabricantes, visa uma racionalização de produção na redução do desperdício, aumento de produtividade, gestão de mão-de-obra, implantação de novas técnicas produtivas e melhoria na organização do canteiro de obras, porém, essas inovações possuem custos as vezes elevados, que até mesmo inviabilizam o consumo na obra. Outras vezes, o alto custo inicial é diluído se for considerado o processo todo. Ainda há empresas do ramo, que utilizam técnicas manuais em sua produção.
Imprensa Uniarp






