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Egressa da UNIARP é aprovada em concurso para Magistratura
A egressa do curso de Direito da UNIARP Flávia Carneiro de Paris, 27 anos foi aprovada na prova oral do concurso para ingresso na Magistratura do Estado de Santa Catarina. Dia 16 de julho, os candidatos foram sabatinados pela banca examinadora, composta pelos desembargadores Ronei Danielli (presidente da Comissão Examinadora), Rodrigo Collaço e Carlos Adilson Silva, pelo juiz de 2º grau Eduardo Mattos Gallo Júnior, pelo juiz Sérgio Junkes e pelo advogado Leandro Gornicki Nunes, membro da Comissão indicado pela OAB/SC.
Flávia se formou em 2012 e conta que durante o Ensino Médio nunca pensou em cursar Direito. “Só depois é que fui pesquisar um pouco mais sobre algumas carreiras e acabei me interessando pelas carreiras policiais, então achei que o curso de Direito seria uma boa opção. Meu primeiro estágio, inclusive, foi na Delegacia de Polícia aqui de Caçador, mas depois fiz estágios em outros órgãos públicos como o Ministério Público Federal e a Justiça Federal, onde fui conhecendo as diversas carreiras jurídicas existentes”, relata.
Ela lembra que enquanto acadêmica, o curso de Direito da UNIARP sempre teve uma boa avaliação no ENADE. Ela ainda registra elogios à biblioteca e ao Núcleo de Práticas Jurídicas. “No Núcleo podíamos ter uma noção do que eram os processos, seus trâmites e a rotina de um profissional do Direito de modo geral, inclusive tendo que assistir audiências cíveis, criminais e trabalhistas”, salienta.
A decisão pela carreira na magistratura aconteceu quando Flávia conheceu mais de perto a rotina de trabalho de um juiz, quando assumiu um cargo que tem por atribuição assessorar diretamente este profissional. “Isso fez com que eu tivesse contato direto com magistrados e conhecesse a rotina de trabalho. Então a opção pela magistratura acabou surgindo naturalmente e acabou incentivada por familiares e pelos próprios juízes e juízas com quem trabalhei”, conta.
Quando Flávia decidiu fazer o concurso para ingresso na Magistratura ela realizou um curso preparatório para carreiras jurídicas à noite, para que pudesse revisar algumas matérias, principalmente aquelas que não faziam parte do seu cotidiano no trabalho. Como o expediente no Fórum inicia ao meio-dia, ela tinha as manhãs livres para fazer a leitura de leis e livros. “Na parte da tarde, eu trabalhava até as 19h e depois seguia para o curso. Nos fins de semana, eu saía de casa para almoçar com a família e, após, voltava a estudar. O concurso tem várias etapas, então, quando chegava mais próximo dos dias de prova, eu programava para utilizar alguns dias de folga ou férias naquele período e ficar só estudando. Foi cansativo, como é em qualquer preparação para concurso, mas quando se consegue aprovação no cargo que você busca, o esforço compensa”, analisa.
Todos os aprovados já foram convocados para iniciar o curso de formação de magistrados que inicia em agosto. O curso acontece em Florianópolis, onde Flávia ficará até o final do ano. Em janeiro deve acontecer a posse e o Tribunal de Justiça deve determinar para quais comarcas os aprovados serão designados.
Um conselho
Flávia deixa um conselho para aqueles que estão analisando a possibilidade de optar pela área do Direito. “É comum que se diga que o curso de Direito abre uma série de opções para trabalho. Isso é verdade, porém, para que você possa trabalhar na maioria dessas opções, só a graduação não basta. Ao contrário do que acontece com a maioria dos cursos, em que, após o término da graduação basta fazer a inscrição no órgão de classe e trabalhar, no curso de Direito essa habilitação numa profissão não é imediata. Quem pretende trabalhar na área acadêmica, certamente terá que cursar uma especialização, ser admitido em um mestrado ou doutorado. Quem quiser ser advogado, após o término da faculdade, terá que enfrentar o Exame de Ordem. Da mesma forma, quem pretende seguir qualquer carreira pública também terá que prestar concursos públicos. Muitas pessoas não têm ciência disso e, após o término da graduação, acabam se sentido frustradas com a escolha do curso. Então o conselho para quem pretende cursar Direito é que tenha ciência que a faculdade é apenas a primeira etapa de outras que serão necessárias para que se consiga exercer a profissão escolhida. É por isso que o curso deve ser feito com muita dedicação, para que o acadêmico possa sair preparado para os desafios que virão após o término da graduação”.
Imprensa Uniarp




