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Estrangeiros buscam o sonho da graduação na UNIARP
Frequentar um curso superior nem sempre é uma tarefa simples e são muitas as pessoas que cultivam este sonho. As dificuldades existem e não são poucas, especialmente com relação a falta de tempo e de recursos. No entanto, existem aqueles que precisam vencer longas distâncias e até mesmo mudar de País para finalmente conseguir a graduação.
A Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP) tem o privilégio em ser uma instituição que acolhe acadêmicos estrangeiros.
O haitiano Mikevan Nelson Desir de 23 anos é um desses jovens. Ele está na primeira fase do curso de Engenharia Mecânica da UNIARP. O acadêmico chegou à Caçador há cerca de um ano atraído justamente pela possibilidade de estudar. Quem repassou as informações sobre a existência de uma Universidade filantrópica no município foi o irmão que já morava em Caçador há dois anos, Lemec Adoni Desir de 26 anos. Lemec ainda não é acadêmico da UNIARP, porém já conseguiu toda a documentação necessária aos estrangeiros e tem data marcada para o ingresso. Será no segundo semestre deste ano no curso de Engenharia Civil.
O sonho de ter uma profissão por intermédio de uma graduação, atraiu na família mais uma pessoa além de Mikevan e Lemec. Há pouco mais de três meses chegou também à Caçador o primo, Sam Anderson Dorisin de 24 anos. O jovem estrangeiro ainda não domina o português, mas pretende assim que aprender o idioma, buscar uma qualificação na área de informática junto à UNIARP. “Eu vim para Caçador para fazer uma Universidade porque é mais fácil estudar no Brasil do que no Haiti. Lá são poucas as Universidades”, explica Lemec.
O acadêmico da UNIARP Mikevan, comenta que não hesitou em vir ao Brasil, mais precisamente à Caçador quando teve a oportunidade. “Como meu irmão já estava aqui há dois anos, ele sempre dizia que podia vir que teria trabalho e oportunidades de estudo. Assim cheguei, comecei a trabalhar, aprendi o idioma e ingressei na Universidade”, conta Mikevan. Quanto ao futuro, ele afirma que ainda é incerto. “Primeiro vou estudar, analisar as oportunidades que forem surgindo. Quem sabe um dia volte em definitivo para o Haiti, mas ainda não sei se isso vai acontecer”, afirma o acadêmico da UNIARP. Para se manter, tanto ele quanto o irmão Lemec, trabalham em indústrias no município de Caçador.
Para o coordenador do curso de Engenharia Mecânica da UNIARP, Marcio Kawamura, a vinda de pessoas que vieram de tão longe em busca de qualificação é também uma oportunidade para a instituição. “No Brasil existe uma falta de profissionais na Engenharia, seja na mecânica, civil, na elétrica. Também sentimos a falta de professores para atuarem nas Universidades. Assim, são oportunidades que nossos acadêmicos estão recebendo. Quem sabe no futuro, um desses jovens poderá fazer parte do nosso quadro, tudo isso dependerá do empenho de cada um. Mas nós temos uma preocupação em recebê-los, em acompanhar a adaptação e a aprendizagem desse novo público, que são os estrangeiros que chegam à UNIARP”, explica.
Imprensa Uniarp





